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A Inovação Colaborativa como Pilar Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável e a Expansão da Economia Azul no Brasil: Integração de Setores, Tecnologia e Modelos de Negócios Escaláveis

A economia azul, com foco na sustentabilidade e inovação, representa uma grande oportunidade para o Brasil, especialmente na "Amazônia Azul". Iniciativas como o Planejamento Espacial Marinho e o Programa BNDES Azul impulsionam projetos de energia renovável, biotecnologia e startups. A inovação colaborativa, integrando setores e tecnologias, é essencial para explorar esse potencial, como discutido no Tomorrow Blue Economy Niterói, evento que destaca o Brasil como líder global na preservação dos oceanos e no desenvolvimento sustentável.
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A imagem acima retrata o painel da Beta.i durante os dois dias do Tomorrow.Blue Economy Niterói 2024

A economia azul engloba todas as atividades econômicas que dependem direta ou indiretamente de recursos aquáticos, incluindo pesca, aquicultura, transporte marítimo, turismo costeiro, energia renovável e biotecnologia marinha. 

O país possui uma extensa área marítima, conhecida como “Amazônia Azul”, que abrange aproximadamente 3,6 milhões de quilômetros quadrados, equivalente a 67% do território terrestre brasileiro. Para alavancar o potencial dessa região, o Brasil tem implementado diversas iniciativas como o Planejamento Espacial Marinho (PEM) onde o governo brasileiro, em parceria com a Marinha e outras instituições, está a organizar e regulamentar as atividades no espaço marítimo, garantindo o uso sustentável dos recursos e a proteção dos ecossistemas marinho.

O  Programa BNDES Azul,  uma iniciativa que apoia projetos relacionados à economia azul em quatro frentes estratégicas: inovação no setor naval, investimentos portuários, financiamento de projetos sustentáveis e apoio a startups focadas em soluções para o ambiente marinho. O Brasil está explorando o potencial de energias renováveis no ambiente marinho, como a energia eólica offshore, visando diversificar a matriz energética de forma sustentável. Realço também Programas como o BlueRio que têm incentivado o crescimento de startups focadas em soluções para a economia azul, abrangendo áreas como energia, saneamento, portos, logística, navegação, sustentabilidade, bioeconomia e turismo.

A inovação colaborativa é um modelo que incentiva a cooperação entre empresas, universidades, governos e organizações não governamentais para o desenvolvimento de soluções conjuntas. Esse modelo é particularmente relevante para a economia azul devido à complexidade dos desafios enfrentados e à interdependência entre os setores envolvidos. Ao integrar diferentes setores econômicos, incorporar tecnologias disruptivas e fomentar parcerias estratégicas, é possível alavancar a economia azul de maneira sustentável e escalável.

A colaboração entre a indústria pesqueira e pesquisadores em biotecnologia pode promover práticas de pesca sustentável e o desenvolvimento de novos produtos de alto valor agregado, como bioativos marinhos. Parcerias entre o setor de turismo e ONGs podem criar programas que aliem desenvolvimento econômico ao aumento da conscientização sobre a preservação marinha.Tecnologias como inteligência artificial e internet das coisas podem otimizar a logística do transporte marítimo e monitorar a qualidade da água em tempo real. A inovação tecnológica no campo de energia eólica offshore e marés pode diversificar a matriz energética brasileira de maneira sustentável.

O Brasil tem observado um crescimento significativo no ecossistema de startups focadas na economia azul. Essas startups estão desenvolvendo soluções para desafios específicos, como tecnologias para monitoramento ambiental, plataformas de economia circular e projetos de bioeconomia. Além disso, startups de impacto social, como aquelas voltadas para digitalização de cadeias de pesca ou desenvolvimento de produtos turísticos sustentáveis, estão emergindo como exemplos de modelos escaláveis que podem transformar a economia azul no Brasil.

O programa de inovação colaborativa Blue Rio do governo do estado do Rio de Janeiro, tem desempenhado um papel crucial nesse processo, ao conectar empreendedores a investidores e criar um ambiente favorável à inovação.

A economia azul é uma oportunidade única para o Brasil alinhar desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental. Contudo, para alcançar esse potencial, é necessário adotar inovação colaborativa como ferramenta fundamental que integra setores, incorpora tecnologias disruptivas e promove modelos de negócios escaláveis que são passos essenciais para que o país se torne um líder global na economia azul.

Nesse contexto, o Tomorrow Blue Economy, evento que foi realizado nos dias 4 e 5 de dezembro de 2024, no Caminho Niemeyer, em Niterói/RJ, surge como um importante espaço de discussão e ação para acelerar a economia azul no Brasil. Reunindo especialistas, empresários, startups, investidores e representantes governamentais, o evento será palco de debates sobre as tendências globais, apresentação de soluções inovadoras e o fortalecimento de parcerias estratégicas para impulsionar esse setor.

O Tomorrow Blue Economy Niterói pretende inspirar ações concretas e colaborativas para transformar o vasto potencial marítimo brasileiro em resultados sustentáveis e escaláveis. Será uma oportunidade única para conectar ideias e pessoas, destacando o papel do Brasil como protagonista global na preservação dos oceanos e no desenvolvimento econômico responsável. A inovação colaborativa será o tema central do evento, reforçando a necessidade de integrar tecnologia, sustentabilidade e negócios em prol de um futuro mais azul e próspero.

Artigo por Renata Ramalhosa, Ceo da Beta.i e parceiros do Tomorrow.Blue Economy Niterói 2024.

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Ana Clara Balieiro

Arquiteta e Urbanista com foco em Smart City, sendo facilitadora para a gestão pública com a gestão privada. Hoje faço parte da equipe de Comunicação, trazendo Conteúdos Técnicos e Relacionamentos Estratégicos em Cidades Inteligentes do iCities - The Smart Cities Hub. Atuei na equipe de curadoria do Smart City Expo Curitiba, o segundo maior evento do mundo e o maior evento de cidades inteligentes da América Latina, também pelo iCities - The Smart Cities Hub. Meu trabalho é voltado a implementar cidades com mais qualidade de vida, mais humanas, sensoriais, colaborativas e inovadoras, explorando as técnicas de psicoarquitetura e rapport para transformar as cidades, mantendo suas características e cultura. Tenho experiência no desenvolvimento de projetos arquitetônicos e de interiores, de empreendimentos comerciais e residenciais, os quais foram utilizadas técnicas voltadas para a arquitetura sensorial e de psicoarquitetura, explorando todas as necessidades e características de cada cliente, de forma artesanal, personalizada e única.